terça-feira, janeiro 27, 2009

Que Saudade!

Este foi o suspiro da torcida tricolor na tarde de domingo. O Bahia estreou o estádio de Pituaçu e ainda comemorou uma boa receita proporcionada pelo fanatismo da Nação Tricolor. Exatos 14 meses após a tragédia da Fonte Nova, o torcedor parecia reencontrar uma antiga paixão: com coração palpitante, um misto de ansiedade e otimismo. Assim o tricolor adentrou o remodelado estádio de Pituaçu.
A galera parecia entusiasmada. Mesmo o trânsito lento, a disputa por vagas de estacionamento e o Sol periclitante não afastaram os animados tricolores. O estádio surpreendeu pela beleza, organização e principalmente a cor do gramado: de tão verde parecia artificial. Tudo parecia arranjado para uma grade festa, como de fato ocorreu.
Um torcedor mais exigente poderia reclamar das poucas áreas cobertas e o Sol intenso que fizeram a multidão se espremer à sombra das marquises laterais. Mesmo aqueles que tinham lugar numerado e definido pelo bilhete(via web) abriram mão do conforto das cadeiras pela sombra nas arquibancadas de concreto e a leve brisa que parecia um afago à saudosa torcida.
Os times entraram em campo ao som dos fogos, da Polícia Militar e principalmente da torcida que soltava o grito a muito preso na garganta: "Bahiiia... Bahia minha viiida... Bahia meu orgulho... Bahia meu amor!" O canto apaixonado omitiu o hino nacional executado pela Polícia Militar e talvez, aqueles que passavam pelos arredores do estádio tivessem a exata impressão da imagem de um caldeirão com o grande barulho e a intensa fumaça dos fogos.
Não bastasse a alegria, e os torcedores ainda foram saudados por uma chuva de pétalas de flores, prenúncio do que estava por vir: uma chuva de gols.

O Jogo

No primeiro tempo, o Bahia parecia nervoso e cometeu muitas faltas. Mesmo com a estréia contra o Itabuna no fim de semana anterior, parecia que a estréia era ali. E o Ipitanga ainda se aproveitou disso com uma marcação homem à homem e melhor dristribuição em campo para irritar o time tricolor.
A zaga parecia desentrosada, cometeu erros banais que poderiam comprometer o resultado da partida não fosse pela estrela do goleiro Marcelo que fechou o gol e trouxe confiança aos companheiros. Time e torcida perceberam ali, naqele momento que nada ia estragar aquele dia, e foi num lance iluminado que o volante Élton finalizou e cravou seu nome na história do estádio de Pituaçu: era o primeiro gol do jogo. O suficiente para que o adversário não resistisse mais à pressão tricolor.
O resto da história, todos já sabem. Hélton Luiz marcou dois gols e Ananias fechou a conta do placar: 4x0.
Ainda é cedo para prever o futuro do Bahia nesta temporada. Mas, para os tricolores, o dia 25 de Janeiro de 2009 ficará marcado como dia do reencontro. E quem sabe, com a presença do Governador do Estado nas arquibancadas, por que não decretar feriado?