O futebol é um esporte apaixonante graças a sua imprevisibilidade. Quem diria que o Vitória de 2008 estaria na sexta posição do campeonato um ano após o seu retorno à Série A? O rubro-negro não apenas surpreendeu, como também trouxe ao torcedor a ambição de disputar o tão sonhado título.
Então por que eu seria o louco em afirmar que o título não é mais possível? Se times como o Flamengo de 2007 e o Botafogo de 2008 conseguiram sair da zona de rebaixamento e disputar as primeiras posições na tabela, por que a distância de apenas 12 pontos impediria o Vitória de sonhar com o título ou alcançar o Grêmio?
Não quero animar o torcedor, muito menos abater seu otimismo. Mas, pretendo deixar a realidade rubro-negra mais clara neste segundo turno. O Leão também merece ter seus problemas listados:
1. O time depende de Marquinhos e não tem reserva com o mesmo nível técnico.
2. Apesar da velocidade, os adversários já conhecem o esquema e o estilo de jogo de Mancini.
3. A defesa tem apenas dois zagueiros e "marca em linha".
Vágner Mancini ainda não descobriu um esquema tático alternativo por isso, se o Vitória não ataca em velocidade, o time não conhece outro modo de atacar. Sem um banco de reservas qualificado, o técnico precisa descobrir variações táticas e jogadas ensaiadas.
A queda de produtividade rubro-negra não está apenas associada a ausência de Marquinhos nos últimos jogos, mas também e talvez principalmente, ao fato do time tornar-se previsível para os adversários. Infelizmente este foi o preço do sucesso no primeiro turno, e para voltar a disputa pelo título, o Vitória precisa se "reinventar".
Nenhum comentário:
Postar um comentário