sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Sem democracia. Triste Bahia.

Após a reunião do Conselho Deliberativo do clube, veio o decreto: nada de eleições diretas em 2008. Se diante de 5 milhões de tricolores a representação de 323 conselheiros parece pouco, então o que dizer de 78 gatos pingados? Pois é. Esse foi o quórum que "decidiu" o futuro do clube e aprovou o novo Estatuto de acordo com o Código Civil.
Mesmo com protestos da torcida, com direito a "panelaço", a atitude da diretoria tricolor parece no mínimo tendenciosa. O presidente Petrônio Barradas - que ainda em 2005 no calor do rebaixamento prometeu mudanças no Estatuto e eleições diretas - convocou uma reunião às vésperas do Carnaval baiano, num ano de eleições no clube e eleições municipais.
A justificativa da diretoria, ao aprovar as eleições por voto indireto é evitar que a oposição tenha chances reais de assumir administração. Para os atuais diretores, entregar o Bahia à oposição seria "afundar" o clube. Mas, a pergunta é: um clube que disputou a Terceirona duas vezes pode afundar ainda mais? Aliás, se não fosse um gol de sorte em 2007 poderia passar mais um ano no porão do futebol brasileiro. Mas, ninguém comenta sobre o assunto.

A ÚLTIMA CHANCE TRICOLOR

A salvação para os tricolores pode ser a Assembléia Geral que conta com a participação do sócios do clube. Estes sim, são os verdadeiros representantes da torcida. Se a Nação Tricolor mostrar a sua força e poder de mobilização pode mudar esse quadro e vetar a aprovação de um Estatuto que pretende transformar o clube num feudo.
O Bahia é o clube de 5 milhões, o mesmo que levou 50 mil às ruas de Salvador em protesto contra a atual diretoria, após o rebaixamento de 2005. Só por esse feito a torcida tricolor já entrou nas páginas da História. Força a torcida já demonstrou que tem, mas será que ela vai se render à manobra politiqueira e esquecer a paixão com a ressaca carnavalesca?
O Bahia não pode continuar no regime de uma ditadura. Afinal, um clube de tantos títulos e com a tradição que tem já faz parte do patrimônio cultural do povo baiano. Nada mais justo, entregar o clube à Nação Tricolor.

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